Senador do PT explica por que assinou o pedido da CPMI do INSS
Fabiano Contarato é o primeiro parlamentar do partido de Lula a formalizar apoio à comissão de inquérito articulada pela oposição ao governo

O senador Fabiano Contarato é o primeiro petista a assinar o pedido da oposição ao governo Lula pela criação de uma CPMI para investigar o escândalo bilionário de descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões do INSS.
A articulação para pressionar o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), a dar andamento à instalação da comissão de inquérito tem entre as principais expoentes a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra do governo Bolsonaro, e a deputada Coronel Fernanda (PL-MT).
Procurado pelo Radar, Contarato afirmou que, se há “certa resistência” da base governista em apoiar a CPMI, é porque “a oposição não tem interesse em investigar nada, mas, sim, manipular a opinião pública e impedir a aprovação de projetos de interesse nacional, como a reforma do imposto de renda”.
“Acredito que agora é o momento de convencer a base aliada da importância dessa investigação para toda a população”, disse o petista.
Contarato argumentou que a apuração das fraudes é necessária em benefício da população mais vulnerável e defendeu que todos aqueles que cometeram crimes devem pagar, independentemente do governo a que pertencem ou pertenceram.
“É importante lembrar que as fraudes se dão desde 2019, e o governo anterior nada fez, mesmo tendo recebido denúncias. Com serenidade, entendo que o Congresso cumpre sua função fiscalizatória com a instalação da CPMI, em complementação ao trabalho já realizado pela CGU e pela Polícia Federal”, declarou o senador capixaba.
“Faço coro por uma investigação contundente, que traga punição exemplar para todos os responsáveis, doa a quem doer. Precisamos chegar às entranhas desse esquema (e) não pouparemos esforços em busca da verdade”, acrescentou.