Senado pode destravar reforma do IR que Câmara represou, diz líder do MDB
Depois de pedido de vista, Comissão de Assuntos Econômicos deve votar versão de Renan Calheiros para a reforma da renda nesta quarta
O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), afirmou que o projeto de reforma do Imposto de Renda que ele apresentou em 2019 e o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos da Casa, Renan Calheiros (MDB-AL), pretende aprovar com um novo texto nesta quarta pode destravar no Congresso um tema que a Câmara “represou”.
Ao desengavetar e assumir a relatoria do projeto, Calheiros abriu mais uma frente na rivalidade regional com o deputado Arthur Lira (PP-AL), escolhido por Hugo Motta (Republicanos-PB) para relatar a proposta que o governo Lula enviou ao Legislativo em março. O presidente da Câmara anunciou a votação do texto para daqui a uma semana.
Já a deliberação do projeto de Eduardo Braga na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado está prevista para esta quarta-feira, depois de um pedido de vista de Izalci Lucas (PL-DF) na véspera.
“Você me pergunta, que consequências (a votação do projeto no Senado) terá? Talvez, faça com que o Congresso Nacional finalmente delibere sobre uma matéria que é tão importante para a nação brasileira”, disse o líder do MDB.
O texto substitutivo apresentado por Calheiros em seu relatório no colegiado mantém os principais pontos da proposta do governo Lula: isenção do IR para quem ganha até 5.000 reais por mês, imposto reduzido sobre rendas de 5.000 a 7.350 reais mensais e um alíquota mínima para os chamados “super-ricos”.
Mas traz, também, diferenças, como a tributação, à alíquota de 10%, de lucros e dividendos acima de 50.000 reais por mês, sejam eles distribuídos no Brasil ou no exterior.
“Reconhece-se que, em determinados patamares, a isenção integral (de lucros e dividendos) passa a produzir distorções distributivas, na medida em que grandes detentores de capital podem se beneficiar de modo desproporcional, em contraste com a carga suportada pelos trabalhadores assalariados”, afirma o relator.
Além disso, o parecer de Calheiros criaria um programa de regularização tributária – um tipo de refinanciamento da dívida que, ao longo das últimas décadas, ficou conhecido como “Refis” – para a mesma faixa de renda que passaria a ter isenção do IR.
“O Pert-Baixa Renda abrange os débitos de natureza tributária e não tributária, vencidos até a data da publicação desta Lei, inclusive aqueles objeto de parcelamentos anteriores rescindidos ou ativos, em discussão administrativa ou judicial”, escreve o presidente da CAE no Senado.
Lais Souza: “A esperança voltou”
Quem são os chefões do Comando Vermelho mortos na megaoperação do Rio
Presídio abre espaço para receber Jair Bolsonaro
Bolsonaro rifa Amin para tentar eleger Carluxo ao Senado em Santa Catarina
Um minuto de silêncio à era em que se brindava vinho com copo de requeijão







