Satanismo e maçonaria: a guerra nada santa de Lula e Bolsonaro nas redes
Enquanto o petista foi associado ao satanismo, o atual presidente foi associado pejorativamente à maçonaria, totalizando 322.600 postagens
O Radar mostrou mais cedo que a batalha do segundo turno será travada na arena da desconstrução. Lula vai tentar ampliar a rejeição de Jair Bolsonaro. Já o presidente tentará fazer o mesmo com o petista.
Nesta terça, os dois movimentaram as redes numa espécie de guerra santa. Enquanto o petista foi associado ao satanismo, o atual presidente foi associado pejorativamente à maçonaria, totalizando 322.600 postagens e compartilhamentos no Twitter. Os dados foram levantados pelo software da Vox Radar, empresa especializada na análise das redes sociais, encomendadas pela startup de comunicação corporativa O Pauteiro.
O tiroteio contra Bolsonaro e sua suposta ligação com a maçonaria começou ainda de madrugada, por volta de 1h, e atingiu o seu ápice com postagens entre 10h e meio-dia.
Ao todo, foram 12.200 postagens citando Bolsonaro e o termo “maçonaria”, com 244.000 compartilhamentos. Ele também foi citado em 4.300 postagens associadas ao termo “maçom”, gerando outros 20.100 compartilhamentos. As principais postagens sobre o tema vieram de páginas que, apesar de postarem sobre política, na maior parte do tempo publicam sobre cultura POP.
A maçonaria, no entanto, entrou no debate após o movimento que tentou associar Lula ao satanismo. A associação ao petista gerou volume de postagens equivalente a 15% do volume que ligou Bolsonaro à maçonaria. Foram 3.800 postagens com os termos “Lula” e “satanista”, compartilhadas por 24.700 vezes. Já a associação ao termo “satanismo” gerou cerca de 800 postagens e 12.700 RTs. As postagens sobre Lula tiveram início no último domingo, mas ganharam força ao longo da segunda.