Sarney nos tempos do Latim
Eduardo Suplicy ciceroneava ontem uma comitiva africana no Senado, quando deu de cara com José Sarney, que acenou de longe e tentou sair de fininho. Suplicy, agilmente, capturou o colega e fez questão de apresentá-lo ao grupo. Elegantemente, Sarney cumprimentou os visitantes e permaneceu alguns minutos em silêncio, ouvindo as considerações de um deles. Em inglês. Entrou […]
Eduardo Suplicy ciceroneava ontem uma comitiva africana no Senado, quando deu de cara com José Sarney, que acenou de longe e tentou sair de fininho. Suplicy, agilmente, capturou o colega e fez questão de apresentá-lo ao grupo.
Elegantemente, Sarney cumprimentou os visitantes e permaneceu alguns minutos em silêncio, ouvindo as considerações de um deles. Em inglês. Entrou mudo e saiu calado: limitou-se a balançar a cabeça e sorrir.
Quando achou que estava livre, alguém perguntou:
– O senhor fala inglês?
Sarney, sem passar recibo, devolve:
– Sou do tempo do francês e do latim, minha filha.