Safra de delações na Lava-Jato ganha mais um nome do esquema Cabral
Certas empresas do setor de alimentos que fornecem ao governo fluminense terão um 2020 animado

A temporada de delações no Rio de Janeiro vai ganhar outro personagem nas próximas semanas. Trata-se de Carlos Felipe Paiva, que operou o esquema milionário de desvios de verbas na Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) durante o governo Sergio Cabral.
Paiva decidiu delatar e até já entregou anexos aos investigadores da Lava-Jato. Os segredos do operador devem implodir a cadeia de fornecedores de alimentos da gestão Cabral que movimenta cerca de 300 milhões de reais por ano em contratos públicos.
ATUALIZAÇÃO, 14H39 DE 20/12/2019 — O advogado Afonso Destri, por meio de sua assessoria, entrou em contato com o Radar para negar que seu cliente fará delação. Ele enviou a seguinte nota ao Radar. “O criminalista Afonso Destri e seu cliente Carlos Felipe Paiva negam de forma veemente a notícia veiculada por esta prestigiosa coluna, dando conta de um suposto acordo de delação premiada junto à operação Lava-Jato. ‘Meu cliente não fez e sequer pensou em fazer qualquer tipo de acordo de delação. Sigo no processo de defesa de seus direitos. Nada além disso’,disse Afonso Destri. Português originário, Carlos Felipe Paiva está em Portugal, não pode ser extraditado, mas responde normalmente a todos os processos.”
Em tempo, o Radar mantém a informação.