Rússia e Bolsonaro: Itamaraty vê mais punições dos EUA a caminho do Brasil
‘A situação vai piorar antes de melhorar’, resume um diplomata que acompanha a relação bilateral
O Itamaraty se prepara para a imposição de mais medidas punitivas dos Estados Unidos ao Brasil nesta semana em que líderes europeus vão à Casa Branca persuadir Donald Trump a anunciar tarifas secundárias contra países que fazem negócios com a Rússia e que deve terminar com a condenação de Jair Bolsonaro no julgamento da trama golpista do 8 de Janeiro.
“A situação vai piorar antes de melhorar”, resume um diplomata que acompanha a relação bilateral brasileira com os EUA.
Como parte de um esforço para pressionar a Rússia a negociar o fim da guerra na Ucrânia, Trump cogita impor uma tarifa adicional de 50% a países que mantêm relações comerciais com o país de Vladimir Putin, a exemplo do Brasil, que depende de fertilizantes russos para suprir o agronegócio e importa de lá, também, quantidade significativa de óleo diesel. A Índia foi o primeiro alvo desse tipo de tarifa secundária.
Devido à natureza restrita da lista de produtos alvo do tarifaço inicial contra o Brasil, que Washington atribuiu diretamente ao andamento do julgamento contra Bolsonaro na Primeira Turma do STF, diplomatas calculam que a possível nova rodada tampouco teria um impacto imediato significativo, mas, ainda assim, contribuiria para azedar ainda mais a relação bilateral.
Além disso, com a probabilidade elevada de que o Supremo sentencie Bolsonaro à prisão na próxima sexta-feira, o Itamaraty não descarta que a Casa Branca anuncie novas medidas punitivas com motivação política.
Diplomatas brasileiros veem na chamada Seção 301 da legislação comercial americana – a mesma que fundamentou investigações abertas alguns meses atrás sobre o comércio popular da Rua 25 de Março e até o Pix – um guarda-chuva legal sob o qual o governo Trump tem espaço para incluir praticamente qualquer retaliação a rivais mundo afora.
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