Rodrigo Bethlem manobra para voltar à prefeitura do Rio
Ele é acusado de desviar ao menos de R$ 60 milhões

Ex-secretário municipal de Eduardo Paes das pastas da Ordem Pública e de Desenvolvimento Social do Rio, Rodrigo Bethlem vem manobrando para voltar à prefeitura.
Bethlem tem usado o filho, o secretário de Conservação Jorge Felippe Neto, como ponte para chegar ao prefeito Marcelo Crivella.
Entre as táticas, ataca a atuação do secretário de Ordem Pública, Paulo Amêndola. Está por trás, inclusive, de uma briga entre Amêndola e o diretor do Centro de Operações, Guilherme Sangineto.
Sangineto acabou por deixar o cargo na última quinta (22).
Chamado de “xerife” durante a gestão de Paes, Bethlem teve os bens bloqueados pela justiça em 2017.
Segundo o Ministério Público do Estado do Rio, é responsável por desvios de ao menos R$ 60 milhões durante o tempo em que chefiou a secretaria.
O propinoduto utilizaria contratos firmados com ONGs.
Atualização:
Rodrigo Bethlem afirma que nunca se utilizou dos laços familiares para ter acesso ao prefeito Marcelo Crivella, com quem mentém pouco contato.”Cabe lembrar que colaborei na campanha dele para a prefeitura do Rio e, se necessário, o procurarei diretamente, sem intermediários. Sobre almejar um cargo na Prefeitura, afirmo que não há essa intenção da minha parte e ratifico que não sou candidato a nada. Muito menos almejo a Secretaria de Ordem Pública, da qual já fui titular e, modéstia a parte, a cidade ficou bem organizada à época. Quanto ao senhor Guilherme Sangineto, digo que não conheço e nunca tive contato”, disse ao Radar.
Atualização 2:
O secretário Jorge Felippe Neto afirma que “sua relação com seu pai sempre se restringiu ao âmbito pessoal e familiar. Registro que entrei na vida pública sob contrariedade do mesmo. Nenhuma decisão deste Titular sofre consequência de pessoas externas à Secretaria. Jamais, apesar dos laços, parentes ou amigos pediram a este Titular quaisquer expedientes ligados à Pasta e à Prefeitura. Têm noção de que não seriam acatados. Tampouco tenho qualquer interesse na suposta briga entre o Secretário de Ordem Pública e integrantes do COR”.