Relatório da CPMI do 8 de Janeiro baterá forte em Bolsonaro e no Exército
A senadora Eliziane Gama deve apresentar o documento com as conclusões da investigação na terça-feira

Com mais de 1.000 páginas, o relatório final da CPMI do 8 de Janeiro, mantido em sigilo pela senadora Eliziane Gama, vai citar o Alto-Comando do Exército e Jair Bolsonaro como grandes responsáveis pelo ataque golpista contra o Planalto, o Congresso e o STF, em Brasília.
Amparado em fotos, depoimentos, relatórios de inteligência e dados de quebras de sigilo de investigados, o documento diz, em um dos capítulos, que o acampamento no Quartel General do Exército, em Brasília, foi o “laboratório” do golpe.
A cronologia — da montagem de tendas até a invasão dos prédios — dos eventos no relatório mostra que a “leniência do Comando do Exército” e o silêncio de Bolsonaro, ao não reconhecer a vitória de Lula, formaram “o caldeirão perfeito” para a insurgência.
A senadora deve apresentar o documento com as conclusões da investigação na terça-feira. Os integrantes do colegiado devem se reunir para votar o documento no dia seguinte. A oposição a Lula na comissão já anunciou que irá apresentar votos alternativos ao texto de Eliziane, por não concordar com as conclusões da relatora, falando da omissão do governo federal no episódio.