Regime automotivo na reforma tributária divide montadoras e GM anuncia PDV
Programa de demissão voluntária da General Motors visa cortar 1.215 vagas em três fábricas da montadora de automóveis no Brasil
Ao prorrogar incentivos para instalar e ampliar fábricas automotivas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste até 2032, a PEC da reforma tributária aprovada pelo Senado dividiu as montadoras com operações no país em grupos antagônicos.
Um mês depois de assinar uma carta em conjunto com Ford e Toyota contra a sobrevida para o regime diferenciado, a General Motors anunciou, nos últimos dias, um programa de demissão voluntária (PDV) para cortar 1.215 postos de trabalho em três fábricas.
A GM segue caminho similar ao da Ford, que, em 2021, encerrou a produção de veículos no Brasil e passou a importar veículos isentos de imposto de importação pela Argentina, usando o acordo do Mercosul.
Mitsubishi, Suzuki, Caoa Chery e Jeep, que têm fábricas operando sob o regime de incentivos prorrogado pela PEC do Senado, alegam que o sistema garante a sustentabilidade dos empregos da indústria de autopeças e movimenta bilhões de reais de e para fornecedores em todas as regiões do país.