‘Quebraram a Odebrecht, quebraram a OAS’, diz líder do PT do petrolão
"Precisamos tratar a Lava-Jato como qualquer operação, com os mesmos princípios e valores", respondeu Aras a Humberto Costa

Na sabatina de Augusto Aras na CCJ, o líder do PT, Humberto Costa, bate forte na Lava-Jato, diz que procurador não pode faturar alto com palestras – não pode mesmo, mas até ministro de tribunal superior faz – e chega a lamentar a derrocada de empreiteiras envolvidas no assalto aos cofres da Petrobras.
“(Os procuradores da Lava-Jato) Quebraram a Odebrecht, quebraram a OAS com os acordos de leniência que foram feitos”, diz Costa.
No país da memória curta, o senador parece ter esquecido que o que quebrou as empreiteiras foi a decisão de roubar os cofres públicos e abastecer os bolsos e as campanhas de petistas.
A OAS e a Odebrecht, como a Lava-Jato descobriu, gastaram mundos e fundos com palestras de Lula, uma forma de mascarar a propina pelos contratos superfaturados da Petrobras e os financiamentos bilionários do BNDES.
A Odebrecht e a OAS mantinham uma conta corrente clandestina de propina para bancar mimos a Lula como sítio, apartamento, mesada a amigos, viagens caras, terreno para instituto, além de patrocínio para os filhos e sobrinhos do petista.
Apenas um gerente da Petrobras, braço-direito de Renato Duque na Diretoria de Serviços, desviou 1 bilhão de reais para o próprio bolso. Na diretoria de Duque, é bom lembrar, o PT levou muito mais para as campanhas de Lula e Dilma Rousseff.
“Precisamos tratar a Lava-Jato como qualquer operação, com os mesmos princípios e valores”, respondeu Aras a Costa.