Propina de petistas era paga em apartamento-cofre em Salvador
A propina que jorrava dos contratos da construção da Torre Pituba, em Salvador, não era levada apenas ao Diretório do PT em São Paulo

Na delação homologada pela Justiça Federal do Paraná, o delator Alexandre Suarez afirma que a maior parte do dinheiro sujo era pago no Rio de Janeiro, por ser o fundo Petros, dos trabalhadores da Petrobras, sediado na capital fluminense. Mas que, no caso dos petistas, o dinheiro era levado para São Paulo e pago diretamente em Salvador.
“Que como a PETROS e a Petrobrás estavam Localizadas no Rio de Janeiro, a maior parte dos valores era entregue naquela cidade. com exceção dos agentes do PT. que receberam também em São lauto e Salvador. QUE os valores oriundos da OAS recebidos pelo declarante: ao tomar conhecimento sobre o Local data e horário que os valores seriam entregues, e o codinome necessário para que pudesse recebê-!os, o declarante ia ou sozinho. ou com Mano Suarez, para que ambos se cÜudassem no transporte dos valores. QUE o declarante entregava os valores, ou para Mano Suarez, ou para Pauta Afonso”, registra o delator.
No caso da capital baiana, pelo menos três entregas foram feitas em um apartamento, no edifício Torre Osaka, onde a empreiteira mantinha um cofre para guardar a propina.
“QUE ocorreram 3 entregas na Torre de Osaka, as quais foram combinadas entre Adriano Quadros e Rodrigo Barretto. Que o dectarante entregou a chave desse apartamento no edifício Torre de Osaka para Rodrigo Barrela, sendo que neto havia um cofre, onde Rodrigo Barreto guardava os valores para serem entregues, de acordo com a necessidade, para Mano Suarez, para repassar aos dirigentes da Petros, Petrobras e partido dos trabalhadores; QUE. no contexto da OAS, Léo Pinheiro era o presidente da empresa. e responsável por acertar todos os detalhes com Paulo Afonso, durante diversos encontros que tiveram”, diz o delator.
