Promotor ‘agente duplo’ faz MP cortar na própria carne no Rio
Flávio Bonazza foi preso nesta segunda; ele foi delatado pelo ex-presidente da Fetranspor Lélis Teixeira

Quem conhece a forma de trabalho dos procuradores do MPF que integram a força-tarefa da Lava-Jato no Rio, diz que encontrar suspeito de corrupção no Ministério Público, seja ele federal ou estadual, é algo tão grave quanto um presidente da República ou um governador se deixar capturar por empresários propineiros.
É essa “revolta” dos procuradores que bateu à porta do promotor de Justiça aposentado Flávio Bonazza de Assis nesta segunda. Assis foi delatado pelo ex-presidente da Fetranspor Lélis Teixeira. Teria recebido 60.000 reais para atrapalhar investigações e vazar informações a empresários de ônibus do Rio.
A prisão foi autorizada pelo juiz Marcelo Bretas. O ex-integrante do Ministério Público do Rio de Janeiro foi preso em Copacabana pela Polícia Federal e levado até a superintendência do órgão.
Procurada, a defesa de Bonazza ainda não se manifestou.