Professores protestam contra nova carreira de Doria e ameaçam greve em SP
Categoria quer que reajuste de 10% seja votado de forma separada ao projeto que cria nova progressão para o magistério

Professores da rede estadual protestaram na Assembleia Legislativa de São Paulo, nesta terça, contra a aprovação da nova carreira do magistério, enviada pelo governador João Doria (PSDB) ao Legislativo no início deste mês. A proposta foi aprovada no início da noite.
Os docentes queixavam-se de que o reajuste de 10% foi “embutido” no PLC 3/2022, e pediam que o aumento fosse votado separadamente ao texto que institui a nova carreira.
A categoria, inclusive, se reuniu no início da tarde desta terça e decidiu que, caso não houvesse a votação em separado, os professores entrariam em greve por tempo indeterminado. Agora, os professores dizem que vão tomar a decisão definitiva após assembleia na próxima semana.
Deputados tanto da base aliada de Doria quanto da oposição ouvidos pelo Radar inicialmente não davam como certa a votação nesta terça — a avaliação era de que o governo ainda não tinha os votos necessários para aprovar o texto. Na última semana, já não houve quórum para aprovar o roteiro de votação que previa que os itens fossem votados juntos.
As demais categorias de servidores públicos estaduais tiveram reajustes de 10% a 20% aprovados em um outro projeto — o PLC 2/2022.