Procurador cita voo de filha de FHC como abuso do uso de aeronave da FAB
Lucas Furtado citou casos do passado e diz que problema começou lá no final da ditadura, no governo Figueiredo

Ao pedir ao TCU que apure abuso do uso de aeronaves da FAB por autoridades – a partir do uso de helicóptero oficial no casamento de Eduardo Bolsonaro – o procurador do tribunal Lucas Furtado lembra que o problema remonta o final da ditadura, na gestão de João Figueiredo.
Entre os vários casos citados por Furtado está ali o uso do avião Xingu, da FAB, por Luciana Cardoso, filha do então presidente Fernando Henrique, para visitar a fazenda da família que havia sido invadida pelo MST. O Ministério Público questionou à época.
Ainda do governo tucano, é lembrado o uso de um avião pelo ministro Clóvis Carvalho, da Casa Civil, para fins particulares. E também do procurador-geral Geraldo Brindeiro.
O governo Lula não escapa. É lembrado duas vezes: a famosa carona de amigos de um dos filhos do presidente, que se divertiram na piscina do Alvorada. E um voo do então ministro José Viegas, da Defesa, que levou a família para passar o Carnaval no Pantanal.
Mais recente, além do helicóptero do casamento de Eduardo, foi citado o uso por Henrique Eduardo Alves, então presidente da Câmara, para levar amigos e parentes a um jogo no Maracanã.
Renan Calheiros, que usou um avião da FAB para fazer um implante no cabelo em Recife, foi poupado na relação do procurador do TCU.
No pedido, ele pede sanções e que seja cobrada da autoridade o valor do gasto com esses voos.