Primo de Bumlai diz que entregou R$ 650 mil para o Instituto Lula
Um carro blindado com cofre no banco traseiro fez a coleta do valor em espécie

Em depoimento ao juiz Sergio Moro, o engenheiro Glauco da Costa Marques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, e dono do apartamento que Lula aluga em São Bernardo do Campo narrou um insólito episódio.
Marques é acusado pelo MPF de ser um espécie de “testa de ferro”. Os procuradores dizem que foram usados mais de 504 mil reais na compra do imóvel.
Assim que a transação foi concluída, Roberto Teixeira, advogado do ex-presidente, pediu que o engenheiro devolvesse o lucro que obteve com a transação para o Instituto Lula. Eram por volta de 800 mil reais.
Revoltado, Marques se recusou, afinal, tinha assumido todos os riscos do negócio. “Não tem cabimento! Paguei imposto, tudo…”, disse.
No frigir do ovos, Marques topou devolver 650 mil reais (120 mil de imposto mais despesas).
A devolução, entretanto, tinha que ser em dinheiro. Foi o pedido de Roberto Teixeira, advogado de Lula. Um carro blindado fez a coleta.
Mais tarde, Marques descobriu que o veículo continha um cofre no banco traseiro.