‘Precisamos salvar a democracia e aperfeiçoá-la’, diz Geraldo Alckmin
Vice de Lula se reuniu com empresários da saúde em São Paulo e pediu união para barrar golpe bolsonarista nas eleições

Companheiro de chapa de Lula na disputa ao Planalto, Geraldo Alckmin teve um encontro reservado nesta terça com empresários do setor da saúde, em São Paulo.
Antes de falar de questões econômicas de interesse dos empresários, o socialista fez um chamado aos presentes a se unirem contra a ameaça bolsonarista de golpe durante as eleições.
“Precisamos salvar a democracia e aperfeiçoá-la”, disse Alckmin a um público presente na sede do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo.
Entre as prioridades da economia, ele listou a simplificação do sistema tributário, fechamento de acordos internacionais e desburocratização.
“Defendo uma agenda de competitividade, que possa alavancar a economia, gerando emprego e renda. Lamentavelmente, o Brasil desceu de um patamar de 12% de crescimento ao ano nos anos de 1970 para 2% ao ano, enquanto países como a Índia crescem 8%”, destacou.
“Se a economia cresce, cresce o setor privado de saúde, cresce a medicina suplementar e isso irá aliviar o SUS. Hoje são cerca de 50 milhões de brasileiros que usam a saúde suplementar”, frisou Alckmin.
Ele defendeu maior sinergia e integração entre os setores público e privado de saúde bem como melhor gestão no SUS. E alertou para a redução – cada vez maior – dos investimentos do governo federal no SUS. “Em São Paulo, por exemplo, a esfera federal investe apenas 22% no SUS e vem saindo do financiamento do sistema.”
Citou o princípio da precaução e alertou para a desindustrialização precoce do país. “Trata-se de uma indústria estratégica que precisa crescer. Precisamos produzir aqui produtos médicos, fármacos, fertilizantes. E para isso é necessário também avançar nas pesquisas.”
Segundo Alckmin, o Brasil precisa de política industrial, empregos, melhores salários e pesquisa. “A solução é crescer. Criar oportunidades para os brasileiros para fazer florescer novamente a atividade econômica.”