Por que Salles tirou o indiciamento de petista do relatório da CPI do MST
Oposição acusa o deputado Valmir Assunção de ser mandante de roubos e extorsões em invasões na Bahia

Em relatório preliminar da CPI do MST, Ricardo Salles (PL-SP) propôs o indiciamento de 12 pessoas, entre elas o ex-chefe do GSI, Gonçalves Dias, o líder da Frente Nacional de Lutas, José Rainha, e o deputado Valmir Assunção (PT-BA).
Segundo o documento prévio, Assunção ordenou líderes de ocupações a se apropriarem de bens encontrados nas invasões. O texto diz que assentados foram obrigados a fazer campanha para o deputado, sem receber remuneração, nem alimentação, mas as acusações não constam no relatório final apresentado nesta quinta-feira.
Salles, relator do documento, disse que a retirada da denúncia contra Assunção é uma tentativa de aprovar o relatório no colegiado, esvaziado pela oposição após partidos, como Republicanos e PP, dos ministros Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e André Fufuca (Esportes), aderirem ao governo em meio aos trabalhos da Comissão.
Caso o relatório não receba a maioria dos votos favoráveis do colegiado, o nome de Valmir Assunção deve voltar ao texto que, conforme a cúpula da CPI, será encaminhado à Procuradoria-Geral da República, aprovado ou não. A votação deve ocorrer na próxima terça-feira.