Politização no Comando do Exército já divide a caserna
Com o governo de Jair Bolsonaro caminhando para o fim, militares dizem que o Exército não avançou nos seus projetos estratégicos

A disputa de poder e prestígio político junto ao Planalto no Comando do Exército já divide a caserna. Uma ala do quartel, ouvida pelo Radar, aponta fracassos da força em viabilizar projetos estratégicos.
Com o governo de Jair Bolsonaro caminhando para o fim, essa ala dos militares diz que o Exército não conseguiu concluir nenhum dos novos projetos estratégicos planejados e não há sequer previsão de assinatura de novos contratos.
O problema estaria, segundo essas fontes, na tomada de decisão nos níveis estratégicos. “Os generais do Alto Comando têm medo de decidir o que é importante para seu futuro e vêm-se envolvidos em uma guerra de vaidades pelo apoio de Bolsonaro”, diz uma fonte da caserna ao Radar.
Como o Exército não quer cobrar de Bolsonaro a prioridade em suas ações, segundo essa fonte, as outras forças avançam. O sucesso de projetos como o dos caças Gripen e de novos aviões para a Força Aérea são citados nessa avaliação.
A Marinha também teria demonstrado, segundo os militares do Exército, mais sucesso na execução do programa de submarinos.
“O Exército está mais preocupado com compras do dia-a-dia — picanha e viagra — e na discussão de questões da política nacional, que não são da sua competência “, diz um general.