PGR evita falar de indulto e diz que Silveira deve seguir de tornozeleira
Deputado bolsonarista, na visão da procuradoria, não tem o direito de ignorar as medidas adotadas pelo Supremo contra ele

Braço direito de Augusto Aras na PGR, Lindôra Araújo despachou ao STF nesta terça um parecer de cinco páginas em que analisa a situação de Daniel Silveira depois do carnaval promovido pelo deputado bolsonarista, condenado pela Corte por ameaçar ministros e pregar contra a democracia.
Para Araújo, o indulto concedido por Bolsonaro deve ser analisado em outro momento. Sobre a situação atual de Silveira, apesar de o deputado seguir desrespeitando as medidas impostas pelo STF, Araújo diz que o bolsonarista deve, sim, seguir usando tornozeleira e cumprindo as medidas cautelares determinadas por Alexandre de Moraes enquanto aguarda o desfecho do julgamento no Supremo.
“Ratifica-se a manifestação ministerial apresentada em 24 de março de 2022 (fls. 3291/3302), para que sejam mantidas as cautelares de (1) proibição de ausentar-se do Estado em que reside, salvo para Brasília/DF; (2) proibição de frequentar e participar de evento público; e (3) monitoração eletrônica”, diz a sub-procuradora.