PF mira fintechs de SP investigadas por lavar dinheiro do PCC
Os investigadores cumpriram um mandado de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça, a Operação Hydra, com o objetivo de combater a lavagem de dinheiro do PCC por fintechs em São Paulo.
Na ação de hoje, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva contra o policial Cyllas Elia Junior, na capital paulista, e dez mandados de busca e apreensão em endereços localizados nas cidades de São Paulo, Santo André e São Bernardo do Campo.
Junior, segundo as investigações, se apresenta como CEO da 2GO Bank, uma das instituições financeiras citadas pelo delator do PCC juntamente com a InvBank, outra fintech citada pelo delator como lavanderia da facção criminosa.
A investigação começou após as revelações do delator Vinicius Gritzbach, acusado de lavar dinheiro para a facção criminosa e assassinado com tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no final do ano passado.
“As empresas ofereciam serviços financeiros alternativos às instituições bancárias tradicionais e empregavam estratégias complexas de engenharia financeira para ocultar os verdadeiros beneficiários dos recursos movimentados”, diz a PF.
A Justiça também determinou o bloqueio de valores em oito contas bancárias e a suspensão temporária das atividades econômicas das instituições de pagamento envolvidas.