PF indicia Roberto Jefferson por quatro tentativas de homicídio
Quatro agentes foram até a casa do ex-deputado neste domingo e dois ficaram feridos por estilhaços de granadas atiradas por ele
O ex-deputado Roberto Jefferson foi indiciado pela PF por quatro tentativas de homicídio neste domingo, quando disparou tiros de fuzil e atirou granadas contra policiais federais que foram até sua casa para cumprir mandado de prisão preventiva, em Comendador Levy Gasparian (RJ). De acordo com a corporação, dois dos quatro agentes, que foram à casa do petebista, tiveram ferimentos leves ao serem atingidos por estilhaços de granada lançada por Jefferson e passaram por atendimento médico.
Em prisão domiciliar desde o início do ano, Jefferson se entregou à polícia na noite deste domingo, cerca de oito horas depois de atacar os agentes. Ele foi preso em flagrante e já indiciado pelas tentativas de homicídio. A suspensão da prisão domiciliar para o ex-deputado voltar ao cárcere ocorreu, de acordo com o STF, após violações de condições determinadas pela Corte para o petebista cumprir a pena em casa.
“Em diversas ocasiões, foram trazidas aos autos notícias de descumprimento das medidas cautelares impostas”, escreveu o ministro Alexandre de Moraes, na decisão que restabelece a prisão preventiva de Roberto Jefferson. O documento afirma que o ex-deputado recebeu visitas e passou orientações a dirigentes do PTB, concedeu entrevista e compartilhou fake news “que atingem a honorabilidade e a segurança” do Supremo.
Na sexta-feira, um vídeo em que Jefferson compara a ministra Cármen Lúcia, do STF, a uma prostituta e atribui apelidos como “Bruxa de Blair” e “Cármen Lucifer”, circulou pelas redes sociais. Já no domingo, uma nova gravação foi publicada pela filha do ex-parlamentar, Cristiane Brasil, no Twitter. Na publicação, o petebista admitiu os disparos, mas disse que não atirou “para pegar”.