PF combate fraude de R$ 13 milhões em pensões por morte no INSS
Grupo tinha auxílio de servidor do INSS para “selecionar” segurados falecidos e gerar benefícios previdenciários para crianças inexistentes
A Polícia Federal (PF) cumpre nesta terça-feira 14 mandados de busca e apreensão em Alagoas contra pessoas que teriam desviado 13 milhões de reais por meio de fraudes na concessão de pensões por morte pelo INSS. A operação Geração Espontânea tem o apoio da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social.
Os investigados contavam, segundo a PF, com a ajuda de um servidor do INSS para ter acesso a cadastros de segurados mortos, que eram transformados em geradores de pensão. O grupo, então, recrutava pessoas para registrá-las como mães ou pais de crianças fictícias, que, por sua vez, tornavam-se dependentes de segurados falecidos.
O esquema, afirma a Polícia Federal, gerava não só mensalidades dos benefícios concedidos como também créditos retroativos, que eram repassados à suposta organização criminosa. A corporação investiga os suspeitos pelos crimes de estelionato e peculato, no caso do funcionário público.
A PF e a Previdência identificaram 119 pensões por morte concedidas com indícios de irregularidades, das quais 75 foram suspensas ao longo das investigações. O INSS vai revisar todos os benefícios com indícios de fraude. O pente-fino pode evitar até 10 milhões de reais em pagamentos futuros indevidos.
Os mandados de busca e apreensão são cumpridos nos municípios de União dos Palmares, São José da Laje, Murici e Maceió, todos expedidos pela 7ª Vara Federal de Alagoas.