Está nas mãos do Ministério Público do Estado do Ceará decisão sobre uma novela que se arrasta há quase uma década: a construção do Acquário Ceará, projetado para ser o maior da América Latina e um dos três maiores do mundo.
A obra já custou aos cofres públicos mais de 140 milhões de reais, mas ninguém quer assumir. No último mês, o processo passou pelo gabinete de três promotores diferentes. Todos declararam-se impedidos. Agora, o procurador-geral de Justiça do Estado, Plácido Barroso Rios, terá de decidir o andamento da ação.
Idealizado na gestão do então governador Cid Gomes (PDT-CE), em 2009, o projeto previa um complexo turístico moderno com mais de 500 espécies marinhas, cinemas, exposições interativas, salas de eventos, entre outras atrações, na Praia de Iracema, em Fortaleza. A obra já foi embargada diversas vezes pelo Ministério Público – por questões ambientais e irregularidades no processo licitatório.
Em 2016, o Oceanário foi incluído no pacote de concessões estaduais e atraiu o interesse de empresas internacionais dispostas a investir 150 milhões de dólares para concluir a obra. Entretanto, o imbróglio fez com que os investidores desistissem do financiamento