Pauta da COP 30 será financiamento da floresta viva, diz Helder Barbalho
Em NY, governador do Pará falou na Cúpula do Clima no Brasil nesta quinta-feira

O governador do Pará, Helder Barbalho, participou nesta quinta-feira da Cúpula do Clima no Brasil, em Nova York, e falou sobre a expectativa da Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será sediada em Belém, em 2025.
“Nós precisamos colocar na COP30 que a agenda vai ser a floresta viva baseada em financiamento global para o modelo de sustentabilidade da floresta em pé”, disse Barbalho.
“A transição energética foi a pauta da última COP de Sharm el-Sheikh. Este ano, Dubai vai apresentar a agricultura regenerativa. Agora, a agenda que interessa para o Brasil é floresta, porque é a floresta viva que nos diferencia e nos coloca no patamar de protagonizar a agenda ambiental mundial”, ponderou.
Para Barbalho, é importante dividir a responsabilidade da preservação das florestas brasileiras, já que os impactos climáticos refletem nos demais países.
“É fundamental que nós possamos aproveitar da COP30 para fazer um chamamento ao planeta. O mundo não pode apontar o dedo ao Brasil e dizer: o Brasil é responsável pelo equilíbrio climático. Não. O Brasil, ele tem que se apresentar dizendo nós queremos ser protagonistas do equilíbrio climático e o mundo tem que criar o financiamento da agenda climática para a sustentabilidade no nosso país”, afirmou.
O governador do Pará também comentou sobre o pedido da Petrobras para explorar petróleo em alto mar, na Foz do Rio Amazonas, que está sendo avaliado pelo Ibama. Helder Barbalho defende que a empresa destine parte do lucro à preservação ambiental.
“A minha expectativa é que a Petrobras utilize o bom senso e que a orientação do presidente Lula para Petrobras seja que, enquanto o Ibama avalia se é viável ou não, a empresa coloque na mesa parte do teu lucro. Fruto, inclusive as custas de grande parte da sociedade brasileira que tem pago um combustível altíssimo e tem elevado o custo de vida dos brasileiros, coloca na mesa um cheque e patrocina a transformação e o financiamento para uma nova Amazônia com floresta viva”, complementou Barbalho.