Partidos de esquerda apresentam linhas de enfrentamento à milícia no Rio
Pré-candidato do PSOL, Tarcísio Motta, lidera debate na Cinelândia dois meses após a prisão dos acusados de ordenar o assassinato de Marielle Franco

O sociólogo Daniel Veloso Hirata, coordenador do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni-UFF), vai apresentar nesta sexta-feira as linhas gerais do que vai se transformar em uma plataforma de enfrentamento às milícias no Rio de Janeiro.
O especialista vai falar sobre medidas para combater a extorsão e a grilagem, secar as fontes de financiamento e extirpar as milícias da estrutura estatal. As diretrizes passam pelo enfrentamento a esses grupos criminosos em seus eixos territorial, financeiro e político.
O anúncio dessas linhas gerais será o lançamento da pedra fundamental do programa de governo do pré-candidato do PSOL à prefeitura carioca, Tarcísio Motta. O deputado federal vai mediar o debate público a partir das 18h30, na praça da Cinelândia.
A data do ato, 24 de maio, marca os dois meses desde a prisão dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e do delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, acusados pela Polícia Federal (PF) de serem os mandantes do assassinato de Marielle Franco.
Participam do debate o filósofo Vladimir Safatle, a antropóloga Jaqueline Muniz, o antropólogo Luiz Eduardo Soares, os jornalistas Rafael Soares e Vera Araújo e a diretora executiva do Instituto Marielle Franco, Ligia Batista.
O ato na Cinelândia contará, também, com Dani Balbi (PCdoB), Reimont (PT), Heitor César (PCB), Juliete Pantoja (UP) e Renata Souza (PSOL), representantes dos partidos que apoiam a campanha “Com a milícia não tem jogo”.