Parlamentares cobram do MEC desenvolvimento de escolas antirracistas
Deputados e senador do “gabinete compartilhado” querem saber se o ministério está garantindo o ensino sobre história e cultura afro-brasileira
Cinco deputados e um senador fizeram um requerimento ao Ministério da Educação (MEC) cobrando informações sobre as ações e a previsão orçamentária para o “desenvolvimento de escolas antirracistas”.
Os parlamentares do chamado “gabinete compartilhado” querem saber o que a pasta está fazendo para garantir o ensino sobre história e cultura afro-brasileira.
Para eles, a falta de avanço na implementação da lei que instituiu essa disciplina no currículo oficial das redes de ensino demonstra a necessidade de um “esforço coordenado” entre governos, escolas e sociedade civil para a “formação continuada de professores”.
O requerimento ao MEC leva em consideração uma pesquisa do Observatório Fundação Itaú, em parceria com o Equidade.Info, que revela que 54% dos professores de educação básica reconhecem casos de discriminação racial entre estudantes.
O mesmo estudo aponta que 21% dos professores brancos disseram não saber o que fazer em casos de racismo dentro da escola.
Os integrantes do gabinete compartilhado questionam o MEC sobre a existência de programas e ações para a capacitação de profissionais de educação, o uso de materiais didático-pedagógicos e paradidáticos capazes de apoiar estratégias para uma educação antirracista e o resultado da adesão dos entes federativos à Política Nacional de Equidade.