Para agradar Bolsonaro, Arthur Lira agora flerta com voto impresso
Em menos de um mês na chefia da Câmara, deputado comete trapalhadas em série

Arthur Lira ainda não fechou um mês na presidência da Câmara e já se indispôs com a imprensa, ao desalojar o comitê dos jornalistas, já abriu crise com ministros do TSE, ao propor uma comissão para revisar a legislação sem dialogar com a Corte, e agora virou alvo dos ministros do STF pela trapalhada da PEC da Impunidade.
“Essa PEC da impunidade foi péssimo cartão de visita”, diz um ministro do Supremo ao Radar.
Entre aliados de Lira, o sentimento é de que o deputado perdeu uma grande oportunidade de sair bem do episódio Daniel Silveira, quando conduziu os deputados de modo a fortalecer as instituições.
Ao abrir caminho para o oportunismo histórico da ala que tenta escapar da lei valendo-se de privilégios, Lira apagou tudo isso.
A próxima polêmica do chefe da Câmara? Lira, acredite, deu para dizer que é favorável à adoção do voto impresso em “algumas regiões do país”, tudo que Jair Bolsonaro gostaria de ouvir do chefe da Câmara.