No entorno de Dilma Rousseff a demissão de Antonio Palocci é esperada para acontecer de hoje para amanhã. Oficialmente, Palocci pedirá para sair. Dilma, no entanto, demorou, mas não aguentou mais ver o seu governo sangrar. Agora, tentará recompor sua autoridade atropelada nestes vinte dias de crise. Não será fácil.

A senadora Gleisi Hoffman, hoje a mais cotada para substitui-lo na Casa Civil, terá, se for confirmada, um incêndio de boas proporções para apagar: os senadores peemedebistas a – não há como usar outra palavra – detestam.

Na semana passada, por exemplo, mandou um peemedebista calar a boca. Como resposta, a mulher de Paulo Bernardo teve que ouvir: “Se a  senhora está acostumada a calar a boca a mandar os homens paranaenses, saiba que não calará a de um nordestino”. Para quem será articuladora política, é um belo começo.