Os negócios milionários de empresa brasileira de dados na COP28
Governança de dados expõe desafio a acordos climáticos e gera oportunidades de negócio

O trabalho da empresa brasileira Codex em ferramentas de monitoramento por satélite e governança de dados foi tema de palestras no domingo e na segunda-feira, durante a programação da COP28. A empresa já desenvolve soluções ambientais para 13 estados brasileiros e avança em negócios na Colômbia para integrar dados da região amazônica.
São quatro frentes de atuação: projeção de cidades inteligentes, gestão de riscos e desastres, solução para órgãos ambientais e governança de dados, que é um dos grandes gargalos dos projetos de combate à crise climática.
“A governança de dados talvez seja o maior desafio de todas as instituições porque elas precisam integrar as informações e a pauta climática é transversal. A forma de integrar é por dados”, diz Venicios Santos, um dos diretores da empresa.
Os executivos apresentaram o trabalho com órgãos públicos brasileiros que somam cerca de 12 milhões de reais em contratos — 6,5 milhões com o Ibama, 2,6 milhões com o sistema de gestão de desastres do RS, 1,4 milhão com instituto de meio ambiente do MS e cerca de 1,6 milhão com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Em quatro anos, a empresa chegou a 50 milhões de reais em soluções ambientais, mas apenas em 2023, projeta fechar 30 milhões de reais em vendas.
“Muito por essa condição da crise climática”, explica Santos. “A nossa proposta com plataformas digitais e dados é acelerar acordos climáticos. O que a gente quer é que um acordo que seja estabelecido agora de redução de temperatura, a gente consiga implementar uma plataforma de registro eletrônico, que acelere as análises, o uso de inteligência artificial”, acrescenta.
Ainda na COP28, a empresa tem reuniões com os governos de Rondônia, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, além de prefeituras. E, no próximo dia 8, com representantes de todas as Secretarias de Meio Ambiente do país.