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Os gestos de Alcolumbre que fazem Silveira balançar nas mãos de Lula

Frágil no Congresso, o presidente da República precisa mais do chefe do Senado do que do auxiliar — e sabe disso

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 Maio 2025, 06h01

Davi Alcolumbre e Alexandre Silveira já foram bons amigos. Juntamente com Rodrigo Pacheco formavam um trio que prosperou junto durante certo tempo em Brasília.

Conterrâneo de Pacheco, Silveira chegou ao Senado como suplente de Antonio Anastasia. Foi diretor da Casa na gestão do colega mineiro e assumiu o mandato de senador após a mudança do titular para o TCU.

Pelas mãos de Pacheco e Alcolumbre, tornou-se ministro de Minas e Energia de Lula. Aproximou-se do presidente e da primeira-dama Janja, escalando o organograma de poder em Brasília. Foi nesse período que, por escolhas próprias — e ainda desconhecidas –, as relações com os padrinhos começaram a esfriar.

O universo de vaidades e intrigas de poder converteu a amizade de Silveira e Pacheco em mágoa e, depois, rancor. Alcolumbre, atento ao que ocorria, tomou as dores, sendo também influenciado por atos hostis que até hoje atribui a Silveira.

A ruptura se deu, na versão levada a Lula pelo chefe do Congresso, por “deslealdade”, um dos piores pecados na política.

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Brigado com o poderoso padrinho, Silveira tentou reatar com Alcolumbre na China, seguindo ordens de Lula, para quem Alcolumbre se tornou um indispensável aliado. Seus telefonemas e mensagens ficaram sem resposta e as investidas, durante toda a viagem, naufragaram.

Visto como párea pelo chefe do Legislativo, Silveira lançou ao lado do presidente e de Alcolumbre, nesta semana, a Medida Provisória do Setor Elétrico, aposta eleitoral de Lula para baratear a conta de energia de milhões de brasileiros.

Como ministro de Minas e Energia, terá de trabalhar no Congresso para aprovar a matéria. No lançamento da MP, no entanto, Alcolumbre ignorou todos os gestos do ex-amigo, sem dó, na frente de Lula para que não restasse dúvida sobre o recado: o ministro não tem no chefe do Legislativo um aliado.

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Alcolumbre tem conhecidos interesses no Ministério de Minas e Energia. Não quer um desafeto no cargo. E julga ter meios para fazer valer sua vontade. A longa lista de pendências do governo em sua gaveta está aí a demonstrar.

Frágil no Congresso, Lula precisa mais de Alcolumbre do que de Silveira — e sabe disso. A um aliado, reconheceu que a situação do auxiliar é “dolorosa”.

A MP de Lula tem forte resistência da indústria, que pagará a conta do populismo. Alcolumbre nem precisará fazer força para dificultar a vida de Silveira.

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Em agosto passado, Silveira deu uma entrevista para as Páginas Amarelas de VEJA em que mandou recados a aliados enciumados ante a sua intimidade com Lula. “Sou bom de briga”, disse.

“Essa rotina no governo é excruciante. Não sei se o Silveira está disposto a aguentar a pressão do Davi”, diz um auxiliar de Lula.

Com o futuro do ministro nas mãos, nessa briga com Alcolumbre, Lula movimenta hoje um bolão de apostas em Brasilia. A conferir.

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