Os desafios de Castro na corrida eleitoral do Rio, segundo seu marqueteiro
Governador tentará a reeleição pelo PL; ele passou de mandatário improvável a gestor com caixa gordo da venda da Cedae e uma base de apoio forte

Cláudio Castro (PL) terá alguns desafios para se reeleger como governador do Rio de Janeiro neste ano.
De mandatário improvável a gestor com caixa gordo da venda da Cedae e uma aliança ampla de partidos em sua base, ele corre para ter o que mostrar quando a corrida eleitoral estiver a todo vapor. Ele se prepara também para uma pesada campanha de desconstrução a ser empreendida por seus adversários na disputa ao Palácio Guanabara.
O marqueteiro Paulo Vasconcelos, que atuou nas campanhas presidenciais de Fernando Collor, de Aécio Neves e, mais recentemente, de Henrique Meirelles, é quem tem a responsabilidade de guiar o governador no caminho das urnas.
Vasconcelos teve acesso a pesquisas internas da turma de Castro que mostram que o governador passou em fevereiro pela primeira vez seu principal concorrente até agora, o deputado Marcelo Freixo (PSB).
Segundo o marqueteiro, Castro ainda é uma figura desconhecida do eleitor, o que significaria, em tese, uma possibilidade maior de crescimento nas intenções de voto em relação aos seus concorrentes mais conhecidos.
“As pessoas votam em quem elas conhecem e a ordem do dia é fazer o Castro ser conhecido. Queremos aumentar o quanto pudermos a exposição dele”, disse.
Não é ainda, disse ele, o caso de Castro ir para o embate aberto contra seus adversários ou tampouco nacionalizar as questões eleitorais ao se colar ideologicamente em Jair Bolsonaro e sua família.
“O momento não é ainda o da desconstrução de adversários. O Cláudio não tem que olhar pro lado ainda. A hora é de fazer o dever de casa para ter o que mostrar lá na frente. O debate ideológico ou mais nacionalizado vai ficar para o fim da campanha”.