Os bastidores da crise que colocou o chefe do MEC na mira do STF
Numa reunião com auxiliares da área jurídica, Milton Ribeiro reuniu argumentos para minimizar o áudio sobre partilha de dinheiro com pastores

Milton Ribeiro suou frio nesta terça, diante da crise aberta no Ministério da Educação por causa do seu falatório num áudio com prefeitos. O ministro disse que privilegiava determinados pastores evangélicos na liberação de verbas da pasta a mando de de Jair Bolsonaro.
A revelação da fala levou a oposição a pedir que o STF investigue o balcão de negócios no MEC, onde pastores, e não os especialistas em políticas públicas, decidem para onde deve fluir o dinheiro público. Atacado até por evangélicos, o ministro se reuniu com auxiliares para avaliar friamente sua situação.
Numa reunião com auxiliares da área jurídica, reuniu argumentos para minimizar o áudio. Suas falas não revelariam crimes, na visão de assessores. Diante da constatação de que outros colegas de governo já haviam enfrentado tormentas maiores por causa da partilha de emendas com prefeitos, Ribeiro foi aconselhado, como mostrou o Radar, a resistir na pasta.
A ideia de Bolsonaro demitir um ministro por causa de suspeitas na administração de verbas públicas entre pastores evangélicos não caiu bem no Planalto. Ribeiro fica para que o caso não ganhe maiores proporções.