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Onze senadores empregam suplentes nos gabinetes e salário chega a 23 mil

Nessa relação há senadores de sete partidos e políticos da "nova" e da "velha" política; saiba quem são e como cada um se justificou

Por Evandro Éboli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 jul 2019, 15h53 - Publicado em 5 jul 2019, 07h00

Onze senadores empregam em seus gabinetes suplentes que participaram em suas chapas nas eleições, que foram seus apoiadores e agora estão na sua relação de servidores.

Nessa prática, tem senador da “nova política”, da “velha política”, novatos de primeiro mandato, veteranos de muitos mandatos.  Essas discutíveis contratações atingem sete partidos, dos velhacos MDB, PT, PDT, Rede e PSDB aos recentes PSL e Cidadania.

Esses suplentes estão lotados nos gabinetes em Brasília e alguns deles nos escritórios do parlamentar nos estados. Há primeiro e segundo suplentes nesse rol. Seus salários variam de 3,8 mil reais a 22,9 mil reais.

Suplente de senador é uma figura polêmica. Já se tentou extinguir, sem sucesso. Muitos deles foram financiadores de campanha dos titulares, quem têm voto, e são muitos os que “herdaram” o mandato do titular e são inexpressivos na Casa.

Dessa lista de onze, dois empregam suplentes de outros senadores.

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Veja abaixo a relação do senador, do suplente que emprega, o salário pago e o que diz o titular do mandato.

1) Alessandro Vieira (Cidadania-SE) – emprega Fernando Luiz Prado, seu primeiro suplente, com salário de 6,7 mil reais. Outro lado: “É importante assumir o mandato com assessoria apta. Sei que existe uma péssima tradição de suplente financiador de campanha, que não é o meu caso. Não há essa relação monetária. Se trata, o Fernando, de um quadro técnico competente que a Rede escolheu para compor a chapa. E que recebe um salário compatível com a iniciativa privada”, disse  Alessandro.

2) Flávio Arns (Rede-PR) – emprega Flávio Marcelo Vicente, seu segundo suplente, com salário de 22,9 mil reais. Outro lado: “Está na Constituição, que a única vedação ao livre provimento de servidores comissionados é o nepotismo, o que não é o caso em questão. A hipótese do livre provimento atende muito bem ao assessoramento político que é essencial ao desempenho do mandato parlamentar. O nosso segundo suplente é professor universitário e profundo conhecedor das políticas públicas do Estado do Paraná. Ele trabalha no gabinete em Brasília com os assuntos que são defendidos  pelo mandato do senador Flávio Arns”, em nota do gabinete.

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3) Izalci Lucas (PSDB-DF) – emprega Eládio Barbosa Carneiro, segundo suplente de Luiz do Carmo (MDB-GO), com salário de 13,4 mil reais. Outro lado: foi o único que não retornou ao Radar.

4) Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) – emprega Fernando Antônio Caminha Dueire, seu primeiro suplente, com salário de 10,7 mil reais. Outro lado: “Fernando Dueire integra a equipe do senador porque é uma pessoa que trabalha e está ao lado dele há mais de 20 anos. Fernando foi inclusive secretário de estado (pasta de infraestrutura) nos dois mandatos de Jarbas quando Governador de Pernambuco. Por conta dessa parceria duradoura e da experiência de Fernando principalmente na área de infraestrutura que Jarbas o convidou para seguir ao seu lado e contribuir com o mandato de senador integrando a sua equipe de trabalho”, em nota do gabinete.

5) Jean Paul Prates (PT-RN) – emprega Manoel Júnior de Souza, primeiro suplente de Zenaide Maia (PROS-RN), com salário de 18 mil. Outro lado: “O servidor cumpre expediente e exerce suas atividades no escritório de representação do senador Prates, em Natal.  Iniciou suas funções no cargo em 2015, durante o mandato da ex-senadora Fátima Bezerra. Se afastou em 2018 para concorrer nas eleições como 1º suplente na chapa de Zenaide Maia. Manoel é presidente do PT no estado, sem remuneração, e foi assessor político da ex-deputada federal, ex-senadora e hoje governadora Fátima Bezerra. Em função de sua experiência política e qualificações profissionais, o senador o convidou a integrar seu gabinete como assessor, acompanhando-o nas atividades no Estado”, em nota do gabinete.

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6) Juíza Selma (PSL-MT) – emprega Clérie Fabiana Mendes, sua segunda suplente, com salário: 22,9 mil reais. Outro lado: “se trata de pessoa de minha confiança, que trabalha comigo há mais de 19 (dezenove) anos e vem desempenhando regularmente as suas atividades em Brasília”, disse a Juíza Selma.

7)  Marcelo Castro (MDB-PI) – emprega Maria do Rosário Rodrigues, sua segunda suplente, com salário de 11,2 mil reais. Outro lado:  “Ter Rosário Bezerra entre as pessoas que contribuem para o meu trabalho como senador é para mim não apenas de grande valia, mas uma enorme honra. Além de ser uma pessoa extremamente ativa nas causas sociais, ela tem atuado junto a equipe legislativa, contribuindo para a apresentação de projetos que venho apresentando neste mandato em benefício do estado do Piauí e do país. Além disso, o fato de ser minha segunda suplente não a impede de realizar o excelente trabalho que vem desempenhando”, disse Castro.

8) Paulo Paim (PT-RS) – emprega Cleonice Fabiane Back, sua primeiro suplente, com salário: 5,7 mil reais. Outro lado: “Tenho maior orgulho em ter minha suplente trabalhando comigo. Me representa muito bem no estado. Muito competente. E não vou concorrer mais, este é meu último mandato. Por isso, tenho que preparar novos quadros para me suceder. Não se trata de uma suplente fantasma ou que financiou minha campanha. Nada disso.Foi escolhida em convenção”, disse Paim.

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9) Plínio Valério (PSDB-AM) – emprega Jacira Alves de Souza, sua segunda suplente, com salário de 3,8 mil reais. Outro lado: “Ela trabalhava no PSDB regional e eu a convidei para trabalhar com a gente. Não estava desempregada, não. Foi uma sugestão do PSDB Mulher” – disse Plínio.

10) Randolfe Rodrigues (Rede-AP) – emprega Orlando Moura Gaia, seu segundo suplente, com salário de 4,5 mil reais. Outro lado: “O pastor Orlando Gaia foi uma opção política. É um representante da Assembleia de Deus no Amapá. Já trabalhava comigo há muito tempo e agora o convidei para compor a chapa. Representa a diversidade religiosa e tem uma forte atuação política”, disse Randolfe.

11) Weverton Rocha (PDT-MA) – emprega Suely Torres e Silva, sua primeira suplente, com salário de 11,4 mil reais. Outro lado: “Entre as razões pelas quais Suely participou da chapa como suplente está a reconhecida capacidade dela como gestora. Então vejo como ato do coerência, convidá-la para trazer essa experiência para melhorar o mandato que, por decisão popular no voto, é nosso” – disse Weverton.

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