O sucesso do fundo criado para impulsionar negócios de mulheres negras
Há cerca de dois meses, o projeto já bateu 1 milhão de reais beneficiando 2.000 mulheres

O último Globo Repórter, da TV Globo, em 2022, na sexta, vai contar histórias que falam sobre a força do coletivo. Uma delas é a do primeiro fundo filantrópico para mulheres negras do Brasil.
A fundadora é Aline Odara, uma jovem que costumava fazer vaquinhas virtuais para ajudar a rede de amigos. Ela teve a ideia de que, se tivesse doadores recorrentes durante um período, poderia ajudar cada vez mais pessoas. Foi aí que surgiu o Fundo Agbara, que significa potência em yorubá. A iniciativa tem por objetivo fomentar pequenos negócios de mulheres negras.
Há cerca de dois meses, o fundo já bateu 1 milhão de reais beneficiando 2.000 mulheres. Fabiana Aguiar, a diretora financeira do fundo, ressalta que o fundo não funciona como um empréstimo. “Isso é para evitar que mais mulheres negras fiquem reféns destes formatos financeiros”, disse ela.
Além de custear o pontapé inicial de um pequeno negócio, o Agbara oferece treinamentos virtuais sobre as práticas de mercado. Renata, que empreendeu ao montar um café no quintal de casa, em São Paulo, e Natasha, que montou uma agência de turismo com roteiros pelo subúrbio carioca, na capital fluminense, são algumas das mulheres negras que tiveram auxílio do Fundo Agbara.
“A única contrapartida que exigimos é que estes projetos fortaleçam a ideia de rede, onde uma ajuda a outra a crescer”, falou Aline. O ‘Globo Repórter’ vai ao ar depois de ‘Travessia’.