O recado da Igreja Católica à inércia de Bolsonaro na guerra de Putin
'Não basta cruzar os braços e dizer: eu não contribuí com a guerra. Se há guerra, é preciso se manifestar com indignação', diz dom Joel Portella
No lançamento da Campanha da Fraternidade da Igreja Católica, nesta quarta — o tema deste ano é “Fraternidade e Educação” –, o secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella, deu um claro recado a Jair Bolsonaro sobre a guerra na Ucrânia.
“Há uma responsabilidade que é humana e é independente de qualquer coisa, que é a paz. Quando não é pela paz, nos desumanizamos. Isso se aplica a mim e a qualquer um que não trabalhe pela paz. Não basta cruzar os braços e dizer: ‘Eu não contribuí com a guerra’. Se há guerra, é preciso se manifestar com indignação.”
“Temos que ouvir com toda clareza o que o papa diz: ‘Quem faz a guerra, esquece a humanidade. E todas as partes envolvidas se abstêm de qualquer ação’. Ele ainda é mais duro e afirma que ‘é uma insensatez diabólica’ e que não pode ser respondida além da paz e fraternidade. Hoje, a Igreja clama ao Brasil tanto pela paz, além de verdade e cidadania. Estamos precisando nos educar pela paz e fraternidade.”