O que esperar do depoimento de Anderson Torres na CPMI do 8 de janeiro
Será a primeira vez que o ex-auxiliar de Bolsonaro falará publicamente sobre os eventos que levaram inclusive a Polícia Federal a prendê-lo no início do ano
Ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e chefe da Segurança Pública do Distrito Federal no fatídico dia 8 de janeiro, Anderson Torres vai depor nesta terça na CPMI que investiga o ataque golpista em Brasília.
Será a primeira vez que o ex-auxiliar de Bolsonaro falará publicamente sobre os eventos que levaram inclusive a Polícia Federal a prendê-lo no início do ano.
O ex-secretário, segundo aliados, não deve oferecer grandes revelações em sua fala no Congresso, já que é alvo de diferentes frentes de investigação, todas sigilosas, e tem contra si uma série de medidas restritivas impostas pelo STF.
Se for questionado sobre a famosa minuta do golpe, encontrada em sua casa, por exemplo, Torres tende a repetir o que já disse em depoimentos na Justiça, quando desqualificou o documento como prova, dizendo que era descartável e sem viabilidade jurídica.
O depoimento, na visão de aliados, será uma formalidade que Torres irá cumprir “Sem grandes emoções”.
No fim da noite de segunda-feira, 7, o ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou Torres a ficar em silêncio em assuntos que possam “resultar em seu prejuízo ou em sua incriminação”.