O que diz Derrite sobre sua desfiliação do PL de Jair Bolsonaro
Secretário explicou suposta impossibilidade de concorrer ao Senado em 2026 pelo Partido Liberal; filiação ao PP deve acontecer na próxima quinta-feira, 22

O secretário de Segurança Pública do Governo de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta segunda-feira que seria “inviável” concorrer a uma vaga no Senado no pleito de 2026 caso mantivesse sua filiação ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o secretário, não seria possível que ele e Eduardo Bolsonaro (SP) disputassem a cadeira no Legislativo pela sigla ao mesmo tempo. Por isso, decidiu retornar ao Progressistas, à convite do senador bolsonarista e ex-ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PI).
Antes da decisão, o secretário pediu o aval do ex-presidente Bolsonaro, do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. “O senador Ciro conseguiu costurar tudo isso”, afirmou.
“Eu fico feliz em ter sido lembrado, pelo grupo do governador Tarcísio de Freitas ou até do presidente Bolsonaro, como postulante a uma das duas vagas ao Senado Federal, e para que isso realmente possa ser viável… não seria possível que dois deputados, ou dois políticos do mesmo partido, no caso o Partido Liberal, que é o partido a que eu pertenço, pelo menos até quinta-feira, e o partido do Eduardo Bolsonaro, os grupos que compõem a base do governador Tarcísio de Freitas… olha, e eu estou falando especificamente do senador Ciro Nogueira… ‘olha, o Derrite tem nosso apoio, a gente gostaria que ele realmente fosse candidato, mas a gente gostaria que ele voltasse para o Progressistas’”, disse o secretário.
Atualmente, Derrite é deputado federal licenciado para exercer seu cargo à frente da pasta, em São Paulo. Ele deve oficializar seu retorno ao PP na próxima quinta-feira.
Derrite tem uma relação antiga com o PP — o secretário foi filiado ao partido entre 2018 e 2022 e por ele foi eleito deputado federal pela primeira vez, em 2018. A migração para o PL só ocorreu em 2022, quando foi reeleito para a Câmara dos Deputados já com o aval do bolsonarismo.