O luxo bancado com dinheiro roubado de aposentados no INSS
Investigada pela PF, advogada fez viagens a Dubai, Lisboa e Paris, frequentava hoteis cinco estrelas lá fora e fazia compras em lojas de grifes famosas

A investigação da Polícia Federal sobre fraudes bilionárias no INSS mostra que os investigados levavam uma vida de luxo com o dinheiro que roubavam de aposentados no país. O esquema, segundo a PF, movimentou pelo menos 6,3 bilhões de reais, começou no governo de Jair Bolsonaro e explodiu com a chegada de Lula ao Palácio do Planalto.
Uma das investigadas por envolvimento no esquema, a advogada Cecilia Rodrigues Mota, segundo a PF, fez 33 viagens entre janeiro e novembro de 2024, algumas para destinos de luxo, como Dubai, Paris e Lisboa. Além de se hospedar em hoteis cinco estrelas, a investigada frequentava lojas de grife como Tiffany, Hugo Boss e Prada e comprava joias.
Ao rastrear as movimentações financeiras da investigada, a PF constatou que o escritório dela “recebeu valores de associações investigadas e os remeteu a pessoas jurídicas pertencentes a familiares de servidores do INSS”. As quantias envolvidas apenas nessa frente de investigações chegam a 14 milhões de reais. O escritório de Cecilia movimentou, segundo a PF, recursos incompatíveis com seu faturamento mensal.
A advogada intermediou, segundo a PF, transferências a outros investigados por envolvimento no esquema, como André Paulo Félix Fidelis, ex-diretor de Benefícios do INSS, e Virgílio Oliveira Filho, ex-chefe da Procuradoria Federal Especializada do INSS.
Na ação deflagrada na semana passada, a PF ainda apreendeu bens e valores com os investigados que chegam a 41 milhões de reais. Foram 61 veículos, 141 joias, além de obras de arte, relógios, pacotes de dinheiro vivo e outros artigos.
