O cálculo mais otimista da aliança entre Elmar Nascimento e Antonio Brito
Na tentativa de atrair o PT e outros partidos de esquerda, os candidatos do União Brasil e do PSD sonham com 324 votos, no melhor cenário
Depois de firmaram uma aliança contra a candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) à sucessão de Arthur Lira na Câmara, na semana passada, os deputados Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antonio Brito (PSD-BA) agora tentam atrair o PT de Lula para a frente, apostando na polarização com o PL de Jair Bolsonaro e o PP de Lira, que apoiam Motta.
Na noite desta segunda-feira, 9, os dois publicaram fotos juntos nas redes sociais, ao lado dos ministros do Turismo, Celso Sabino, e das Comunicações, Juscelino Filho, ambos do União Brasil. “Quando trabalhamos juntos, conseguimos ir mais longe. Unidos por algo maior: o compromisso de construir um Brasil onde o diálogo e o entendimento fazem a diferença”, escreve Nascimento.
No cenário mais otimista dos aliados da dupla, cuja aproximação teve a bênção dos presidentes dos seus partidos, Antônio Rueda e Gilberto Kassab, o cálculo é que os dois, juntos, podem atrair até 324 deputados caso consigam os votos dos petistas.
Mais que suficiente para se eleger presidente da Câmara, o número seria alcançado com uma ampla coalizão também formada por MDB, PSDB, Cidadania, Solidariedade, Podemos, PCdoB, PV, PDT, PSB, PSOL, Rede, Avante e PRD.
Do outro lado, a estimativa dos aliados dos candidatos do União Brasil e do PSD é que Hugo Motta teria o apoio da base bolsonarista, composta de PL, PP e Republicanos, que juntos somam 186 deputados.
Nascimento e Brito continuam como candidatos, mas firmaram um acordo estratégico para atrair o PT e os partidos de esquerda. Com o desenrolar da campanha, o que estiver mais viável entre eles manteria a candidatura e seria apoiado pelo outro.