Número de sessões do Congresso despenca no primeiro ano do governo Lula
Em 2023, foram apenas cinco reuniões conjuntas da Câmara e do Senado, 12 a menos que em 2019, primeiro ano de Bolsonaro no Planalto

Até esta semana, o Congresso comandado por Rodrigo Pacheco havia realizado apenas quatro sessões conjuntas desde o início do governo Lula, para análises de vetos presidenciais e projetos orçamentários. Os membros da Câmara e do Senado voltaram a se reunir nesta quinta-feira.
Em 2023, o número de reuniões de deputados e senadores despencou em relação às 17 de 2019, primeiro ano de Jair Bolsonaro no Planalto, quando o chefe do Legislativo era Davi Alcolumbre.
No ano passado, já sob a presidência de Pacheco, foram 11 sessões.
Líder do governo no Congresso responde
Com Lula, o líder do governo no Congresso é o senador Randolfe Rodrigues, a quem cabe fazer a articulação para a votação das pautas de interesse do Planalto.
Questionado pelo Radar sobre a queda no número das sessões, o parlamentar respondeu que a urgência e a necessidade de se fazer sessões do Congresso se resume à votação dos PLNs urgentes para o governo, e que esses foram sempre votados no momento em que o governo assim demandou.
“Não há urgência em se votar os vetos, já que os vetos que não são votados permanecem com os efeitos pretendidos pelo presidente da República. Houve um represamento dos PLNs enviados pelo Governo, que ficaram meses aguardando despacho à CMO, e depois aguardando a votação pela CMO. Isso fez com que a pauta do Congresso ficasse por meses sem que houvesse condições de se votar os PLNs no plenário do Congresso Nacional”, declarou Rodrigues.
“Não obstante, votamos 29 vetos e 8 PLNs na sessão da última quinta. Embora o número de sessões tenha sido menor, a pauta foi otimizada nas sessões que tivemos e teve bom andamento”, concluiu o senador.