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Nos 100 dias, Lula faz Bolsonaro de muleta e renova promessas ao país

Petista disse que usou seu período de mandato até aqui para reconstruir políticas públicas destruídas pelo antecessor

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 abr 2023, 06h01

Em abril de 2003, poucos dias depois de ter ultrapassado os primeiros 100 dias no Planalto, Lula fez um churrasco no Palácio da Alvorada para confraternizar com os ainda aliados do PTB — o mensalão só explodiria meses depois, pelas mãos do petebista Roberto Jefferson.

Naqueles dias, Lula dizia o seguinte sobre a “herança maldita” que recebera de Fernando Henrique Cardoso: “A herança não é maldita, é para lá de maldita”. O petista comparava o Brasil a um paciente em estado grave. “Em função de saber que o Brasil está na UTI, eu coloquei um médico para ser ministro da Fazenda e coordenador da transição”, disse sobre o ex-companheiro Antonio Palocci.

Nesta segunda, Lula reparou uma parte dessa história ao exaltar FHC. Elogiou o ex-adversário para, na sequência, bater em Jair Bolsonaro. “Eu não tenho hábito de falar dos 100 dias de governo, eu acho que eu nunca falei nos outros mandatos… Mas, na outra vez, recebi o governo de presidente democrata, um companheiro que tinha uma história de luta nesse país pela democracia, pelos direitos humanos“, disse Lula. “De 2018 a 2022, sabemos as ofensas que a democracia sofreu… uma tentativa de golpe feita com a maior desfaçatez, por fascistas”, seguiu o petista.

Angustiado pela ausência de novidades em sua gestão, Lula recorreu nesta segunda o velho discurso da “herança maldita” para justificar os soluços do governo nesses 100 dias. Bolsonaro e seu passivo de ameaças ao sistema democrático já ficaram para trás e foram devidamente punidos pelos eleitores nas urnas. Foi para deixar tudo isso no passado que o petista foi eleito.

A audiência dos 100 dias, portanto, queria ouvir medidas concretas sobre o futuro — o que fazer com o aumento do desemprego, por exemplo, ou com o avanço do desmatamento na atual gestão? Onde está o texto do arcabouço fiscal e como fazer para aprová-lo no Congresso? —, não o show de platitudes ancorado no bolsonarismo como muleta. É verdade que a gestão passada tentou evitar a transição e tumultuou a largada do governo com uma tentativa de golpe de Estado. Essa conversa, no entanto, já deveria ter sido superada.

A promessa de campanha era olhar para frente, governar sem mágoas nem rancores, procurando focar no que realmente importa ao país e não estimulando a polarização que já trouxe tanto atraso ao país. Nesta segunda, porém, Lula renovou promessas como se ainda estivesse em campanha e fez o velho discurso de sempre do nós contra eles. O país continua aguardando.

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