No STF, ex-ministro relata ‘tristeza’ de Bolsonaro após derrota para Lula
Marcelo Queiroga, que comandou a Saúde na gestão passada, disse que não testemunhou conversas sobre golpe de Estado

Chamado a depor no STF como testemunha de defesa do ex-ministro do GSI Augusto Heleno, o ex-ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro Marcelo Queiroga negou ter conhecimento de conversas para impedir a posse de Lula, em 2023.
Segundo Queiroga, Bolsonaro estava de fato com “tristeza profunda” por ter perdido a eleição, mas não deu nenhuma sinalização de que a transição não ocorreria.
“Estive com o presidente logo após as eleições, na segunda-feira, talvez último dia que ele foi ao Planalto após as eleições. Depois disso, estive com ele em duas ocasiões no Palácio da Alvorada. Ele entrou em um período de tristeza profunda, pouco conversava, respondia monossilabicamente. Já no final do mandato, estive com ele para fazer um balanço da gestão, mas nunca foi falado que não haveria transição. A transição aconteceu conforme a legislação”, disse Queiroga.
Ainda segundo o ex-ministro, Bolsonaro sempre orientou seus auxiliares a seguirem a lei: “O presidente sempre nos orientou a agir dentro do que diz a Constituição”.