No segundo turno, Lula e Bolsonaro vão travar a guerra da rejeição
Para conquistar eleitores que não votaram neles no primeiro turno, o presidente e o petista vão recorrer ao jogo de desconstrução política
A corrida eleitoral neste segundo turno será literalmente uma guerra. Para tirar votos de Lula, Jair Bolsonaro terá que partir para a desconstrução total do petista. O presidente sabe que só terá chances de vencer se conseguir ampliar a rejeição dos eleitores sobre Lula. O mesmo se aplica ao petista em relação aos eleitores que, embora não bolsonaristas, votaram com o bolsonarismo.
A guerra de fake news sobre religião, vista nas redes desde domingo, é uma prova dessa política de destruição e poucas propostas. Lula, além de desconstruir Bolsonaro, terá de mostrar logo suas propostas para um futuro governo. Além de dizer o que fará em diferentes áreas, o petista terá de mostrar seu plano para evitar a roubalheira registrada em outros governos petistas. Só assim, segundo seus aliados, Lula receberá mais votos de indecisos e da terceira via.
No primeiro turno, Lula e Bolsonaro jogaram o mesmo jogo de ataques e poucos compromissos com o eleitor. Essa postura não caberá no segundo turno. O presidente já anunciou que irá ampliar a divulgação de ações de sua máquina administrativa. Lula, por outro lado, deve começar a divulgar nomes e planos para a economia.