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“Não precisa mais invadir terra”, diz Lula

Segundo o presidente, "barulho" e "guerra" são desnecessários, porque "nós estamos no governo"; Incra deve listar terras improdutivas para assentamento

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 Maio 2024, 23h56 - Publicado em 13 jun 2023, 09h27

No primeiro programa “Conversa com o presidente”, transmitido ao vivo pelas redes sociais, Lula afirmou há pouco que nunca teve problema com o agronegócio e contou que disse ao seu ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, que “não precisa mais invadir terra“.

“Eu nunca tive problema com o agronegócio. Eu governo oito anos este país. Eles sabem tudo o que fizemos por eles. Eles sabem que nós temos muita responsabilidade com o salto de qualidade que deu a agricultura brasileira por causa dos financiamentos que nós fazíamos, financiamento de máquinas… No nosso tempo, essas máquinas colheitadeiras grandes que parecem um robô eram financiadas com 2% de juro ao ano, hoje eles estão pagando 14% ou 18% de juro ao ano”, declarou o presidente.

“Então eles sabem que, do ponto de vista econômico e de financiamento, eles não têm problema conosco. O problema pode ser ideológico. Se é ideológico, paciência, a gente vai estar em campos opostos”, acrescentou.

Lula lembrou que fez questão de dizer, em uma feira agrícola na semana passada, que não há incompatibilidade entre o pequeno e o grande produtor. “Isso está na cabeça de quem não quer pensar direito. Porque, na verdade, o Brasil precisa dos dois. Os dois são complementares, os dois ajudam o Brasil”, disse.

Segundo o presidente, tanto Paulo Teixeira quanto o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, têm essa compreensão. E o Plano Safra será anunciado em breve tanto para a agricultura familiar quanto para o agronegócio.

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“E eles vão perceber que, da parte do governo, não há nenhuma objeção a eles. O que nós queremos é que todos produzam, cresçam e que o Brasil cresça junto”, comentou.

Questionado pelo jornalista Marcos Uchôa, que conduziu a entrevista na live, sobre a grande quantidade de empregos gerada pela agricultura familiar, em contraste com o agronegócio mais dependente da tecnologia, Lula apontou que o Brasil tem hoje aproximadamente 4,6 milhões de propriedades com menos de 100 hectares, que geram muitas oportunidades de trabalho.

“Então nós vamos fortalecer a pequena e média propriedade, nós vamos fortalecer o agronegócio, nós vamos continuar fazendo a reforma agrária, porque, onde precisar assentar gente, nós vamos assentar”, afirmou o presidente.

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“E é uma coisa importante, nós estamos no governo. Eu disse pro Paulo Teixeira esses dias: ‘Ô, Paulo, não precisa mais invadir terra’. Olha, se quem faz o levantamento da terra improdutiva é o Incra, o Incra é que comunique ao governo quais são as propriedades improdutivas que existem em cada estado brasileiro e, a partir daí, nós vamos discutir a ocupação dessa terra. É simples. Não precisa ter barulho. Não precisa ter guerra. O que precisa ter é competência e capacidade de articulação”, complementou.

É em torno da listagem de terras ociosas a ser fornecida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária que Lula disse que irá discutir com a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), com os sem-terra, com a Fetraf (Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar), “para que a gente possa fazer os assentamentos necessários com muita tranquilidade”.

“Não tem problema, não tem por que haver luta, não tem por que haver guerra. O que tem que haver é compreensão de que o Brasil precisa ter segurança alimentar, e por isso o Brasil precisa produzir muito para que a gente tenha, inclusive, o estoque regulador”, concluiu.

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