‘Não haverá teto de gastos no nosso governo’, diz Lula
Contra corte orçamentário, ex-presidente tem dito que irá criar ministérios variados em nova gestão

Em visita a Juiz de Fora (MG) nesta quarta, o ex-presidente Lula (PT) voltou a defender o fim do teto de gastos e prometeu revogar o limite de despesas da União, criado em 2017, de forma “responsável”.
“Não haverá teto de gastos no nosso governo. Não que eu vá ser irresponsável, gastar para endividar o futuro da nação, não (…) Nós vamos ter que gastar naquilo que é necessário, na produção de ativos rentáveis. E a educação é um ativo rentável, é a coisa que dá o retorno mais rápido para que a gente possa produzir”, disse.
O ex-presidente defendeu, ainda, que “quem vai derrubar o gasto” com relação ao PIB é o crescimento econômico, e não o corte orçamentário. No quesito despesas, Lula tem defendido publicamente a criação de novos ministérios, entre eles um voltado à igualdade racial e outro voltado à causa indígena.
Em vigor desde 2017, o teto de gastos estabelece um limite para as despesas da União pelo período de 20 anos, de forma que o governo federal fica vedado de criar um Orçamento maior do que o do ano anterior — salvo por correção dos valores de acordo com a inflação. Aumento de determinados gastos acima da inflação é permitido, mas desde que haja cortes em outras áreas como compensação.