Na ONU, Bolsonaro exalta vacinação contra a Covid-19, mas com um porém
O presidente, que diz não ter se imunizado, ressaltou a "liberdade individual" de cada brasileiro de se vacinar de forma voluntária

Na abertura do discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o presidente Jair Bolsonaro exaltou a atuação do seu governo no combate à pandemia da Covid-19, destacou a vacinação de mais de 80% contra a doença, mas fez questão de ressaltar que a imunização ocorreu de forma voluntária, em respeito à “liberdade individual” dos brasileiros. O próprio Bolsonaro diz não ter se vacinado e já criticou publicamente as vacinas diversas vezes.
“Quando o Brasil se manifesta sobre a agenda da saúde pública, fazemos isso com a autoridade de um governo que, durante a pandemia da Covid-19, não poupou esforços para salvar vidas e preservar empregos. Como tantos outros países, concentramos nossa atenção, desde a primeira hora, em garantir um auxílio financeiro emergencial aos mais necessitados. O nosso objetivo foi proteger a renda das famílias para que elas conseguissem enfrentar as dificuldades econômicas decorrentes da pandemia. Beneficiamos mais de 68 milhões de pessoas, o equivalente a 1/3 da nossa população”, declarou o presidente.
“Em paralelo, lançamos um amplo programa de imunização, inclusive com produção doméstica de vacinas. Somos uma nação com 210 milhões de habitantes e já temos mais de 80% da população vacinada contra a Covid-19. Todos foram vacinados de forma voluntária, respeitando a liberdade individual de cada um”, complementou.