Morte de médicos eleva pressão da Alerj por cargos na Segurança do Rio
Cláudio Castro tem telefonado para deputados para tentar amenizar desgaste; parlamentares ameaçam instalar CPI

A sessão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro desta terça-feira pode tensionar ainda mais a relação de deputados estaduais e o Palácio Guanabara por cargos na Segurança Pública. Um grupo ligado ao presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, quer emplacar indicações na Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e nas polícias Militar e Civil.
A escalada de violência neste mês tem servido de combustível para as disputas políticas. No dia 1º, a deputada estadual Lucinha (PSD) foi sequestrada em um sítio na Zona Oeste da capital e levada, em seu carro, para a Vila Kennedy. Dias depois, três médicos foram mortos a tiros em um quiosque na praia da Barra da Tijuca. O irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) foi um dos assassinados.
Parlamentares ameaçam criar mais uma CPI para desgastar o governo, desta vez o foco seria a Segurança Pública. Diante da pressão, Cláudio Castro tem ligado para deputados para “tentar botar panos quentes”, dizem aliados.
O governador não deve aceitar negociar cargos da Segurança Pública e o novo secretário da Polícia Civil, José Renato Torres Nascimento, tem dito internamente que coloca o cargo à disposição caso tenha que abarcar indicações políticas em sua equipe.