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Brasil

Moraes marca depoimentos de testemunhas de mais seis réus do golpe

Filipe Martins, Costa Câmara, Silvinei Vasques, Fernando Oliveira, Mário Fernandes e Marília Alencar fariam parte do 'Núcleo 2' da intentona golpista

Por Pedro Pupulim SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 27 jun 2025, 18h47 - Publicado em 27 jun 2025, 17h56

Julgamento da Primeira Turma do STF sobre Golpe de Estado (Antonio Augusto/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, marcou para o período entre 14 e 21 de julho mais uma leva de depoimentos de testemunhas dos acusados de uma tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.

Na decisão desta sexta-feira, o ministro determinou que sejam ouvidas testemunhas arroladas por seis acusados. São eles:

Fernando de Sousa Oliveira, delegado da PF;
Filipe Garcia Martins, ex-assessor da presidência;
Marcelo Costa Câmara, coronel do Exército;
Marília Ferreira de Alencar, delegada da PF;
Mário Fernandes; general do Exército;
Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF.

Entre as testemunhas arroladas, estão o ex-presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e mais seis políticos, incluindo o vereador Carlos Bolsonaro (PL) e o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), todos eles como testemunhas de defesa de Filipe Martins, que foi assessor de Jair Bolsonaro para assuntos internacionais.

“Núcleo 2”

Nomeado como “Núcleo 2” pelos investigadores do caso do golpe, o grupo dos seis réus cujas testemunhas serão ouvidas em julho é composto por membros de forças de segurança que teriam, segundo a PGR, concorrido para a intentona golpista.

“Silvinei Vasques, Marília Ferreira de Alencar e Fernando de Sousa Oliveira coordenaram o emprego das forças policiais para sustentar a permanência ilegítima de Jair Messias Bolsonaro no poder. Mario Fernandes ficou responsável por coordenar as ações de monitoramento e neutralização de autoridades públicas, em conjunto com Marcelo Costa Câmara, além de realizar a interlocução com as lideranças populares ligadas ao dia 8.1.2023. Filipe Garcia Martins Pereira apresentou e sustentou o projeto de decreto que implementaria medidas excepcionais no país”, diz a denúncia da PGR, apresentada ao STF em fevereiro.