Moraes manda PF interrogar Câmara, seu advogado e Cid sobre mensagens
Ministro do STF abre inquérito para investigar ‘suposta prática do crime de obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa’

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, mandou a Polícia Federal (PF) interrogar Marcelo Costa Câmara, ex-auxiliar de Jair Bolsonaro preso preventivamente nesta quarta-feira, seu advogado Eduardo Kuntz e o delator Mauro Cid sobre as trocas de mensagens clandestinas por meio do perfil @gabrielar702 no Instagram, reveladas por VEJA.
Na mesma decisão em que determinou a prisão de Câmara, o ministro do Supremo abriu novo inquérito, sob sua própria relatoria, para investigar “suposta prática do crime de obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa”.
“No período em que era investigado e também durante o período que esteve preso preventivamente, por meio de seu advogado, (Câmara) buscou obter informações sigilosas acerca do acordo de colaboração premiada do corréu MAURO CÉSAR BARBOSA CID, o que pode caracterizar, em tese, o delito de obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa”, afirma Moraes.