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Ministros de Lula definem nesta quarta medidas de combate à seca

Após danos da chuva em SP, ministros de Lula visitam nesta semana região impactada pela estiagem no RS

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 fev 2023, 07h30

Uma comitiva de ministros vai visitar nesta quinta o município de Hulha Negra (RS), a cerca de 380 quilômetros de Porto Alegre e a 85 quilômetros da fronteira com o Uruguai, para avaliar a seca. As medidas que serão anunciadas para o combate à estiagem serão definidas nesta quarta, confirmou ao Radar o ministro do Desenvolvimento Agrário e  Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. 

O ministro se reuniu na sexta passada com o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS, Carlos Joel da Silva. Já com vistas à viagem para o Estado, o ministro não prometeu nenhuma medida específica aos agricultores, mas disse que as demandas seriam levadas ao presidente. 

Além de Teixeira, a comitiva será composta pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta. 

“Vamos anunciar várias ações”, disse o chefe da Secom, sem detalhar quais medidas serão divulgadas durante a viagem. “O governo precisa estar presente, principalmente no momento das dificuldades”, acrescentou Pimenta, que, na segunda-feira, viu de perto o estrago causado pela chuva no litoral norte de São Paulo. 

Os agricultores pedem cestas básicas às famílias atingidas pela seca, água e diesel para o deslocamento de caminhões-pipa, linhas de crédito e prorrogação de pagamentos aos produtores. Dos 497 municípios gaúchos, ao menos 315 já decretaram situação de emergência. 

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A categoria pede crédito de até 50.000 reais por produtor, com pagamento de 10 anos e subsídio de 30% para parcelas pagas em dia. Outra demanda é relativa aos financiamentos que não tem seguro agrícola, como o custeio pecuário. Os produtores rurais pedem prorrogação, de 5 a 10 anos, para o pagamento dos débitos ou subsídio de 35% — benefício oferecido pelo governo de Jair Bolsonaro, mas que atingiu apenas metade dos agricultores, segundo o presidente da Fetag.

“O grande problema é a falta de água, os reservatórios estão muito baixos, os rios estão secando, nós temos lavouras de arroz que já foram abandonadas, tem lavoura de soja que o pessoal já largou”, avaliou Carlos Joel da Silva, que pede o fim de soluções paliativas, já que o setor convive com a seca há três anos consecutivos. 

“No próximo plano Safra, nós queremos trabalhar um programa de armazenamento de água e irrigação para criar estrutura, vamos nos estruturar para isso. O governo federal e o Estado precisam trabalhar juntos neste momento. Para deslanchar, tem que ser um programa de financiamento com subsídio. O governo assim mesmo vai ganhar mais, quem ganha com a safra boa é o próprio governo, o custo de uma estiagem é muito grande”, projetou Silva. 

Terceiro colocado nas eleições para o governo do RS, o petista Edegar Pretto também deve se juntar à equipe ministerial no interior gaúcho. Pretto deve ser o próximo presidente da Conab, órgão desmembrado do Ministério da Agricultura após a volta do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Parlamentares da bancada ruralista pressionam para a Companhia voltar à pasta que foi alocada durante o governo Bolsonaro.

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